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terça-feira, 28 de setembro de 2021

André Caniços - Onde Há Redes Há Rendas (Peniche)


«  O meu pai era pescador, o meu marido é pescador, o meu filho é pescador... »


Onde Há Redes Há Rendas (ENG) from BRO CINEMA on Vimeo.

Produced by BRO
Director: André Caniços
DOP: Tomás Paiva Raposo
Produção: Delfina Marques
Assistente de Produção: João Patrocínio
Operador de som: Henrique Monteiro
Sound by Henrique Silva e Luis Pinto
Editor: André Caniços
Colorista: Nuno Garcia
Grafismo: Carlos Magalhães
Font "Renda-se" by Renato Cardoso
Additional Footage: Fernando Figueiredo Silva

domingo, 30 de agosto de 2020

 



Postais da colecção “Portugal em Silhuetas”, edição António Vieira, Lisboa.

AFURADA




Fotografia — Emílio Biel, 'Afurada', 1885
fotografia — Emílio Biel, 'Afurada', 1885
http://portoarc.blogspot.com/2016/09/artes-e-oficios-xiv.html
RAUL BRANDÃO


A Afurada fica da outra banda do Douro, casas apinhadas em duas ou três ruas cheirando mal. Tripas de peixe pelo chão e uma vida que formiga nas tabernas, nos buracos e nas crianças que se enrodilham nas pernas de quem passa. O tipo é o de Ílhavo, de Ovar ou da Murtosa, não sei bem, que fundou uma colónia neste recanto do Douro. O homem percorre incessantemente o rio ou o mar rapando‑o, até ao fundo, do mexoalho com que se adubam as terras, da solha nas areias, da faneca ou da sardinha na boca da barra, e do sável quando ele vem à desova. As mulheres, altas, airosas e trigueiras, trabalham como mouras. Tenho‑as visto lançar as redes e remar naqueles lindos barcos feitos com duas cascas de tábua, bateiras ou saveiras, com que os homens atravessam a terrível barra do Douro, morrendo muitas vezes, volteados pelas ondas, quando regressam com a borda metida na água. Mulheres que têm filhos às ninhadas e que nem por isso deixam de correr as ruas da cidade, com a canastra à cabeça e o pé descalço, o pregão na boca, e o mais novo ao colo ou deitado no fundo do cesto com um resto das sardinhas à mistura. Andam léguas, são infatigáveis e já as vi lançar sozinhas as redes do sável, puxá‑las para a terra e dividir o quinhão.

Raul Brandão, «Mulheres», Os Pescadores' Paris-Lisboa, Livrarias Aillaud e Bertrand, 1923; edição de Vítor Viçoso e Luis Manuel Gaspar, prefácio de Vítor Viçoso, Lisboa, Relógio D'Água, Setembro de 2014.




Helder Mendes, 'Segredos do Mar — Os Pescadores da Afurada', 11 de Maio de 1969.


RETIRADO do Facebook de Luis Manuel Gaspar


segunda-feira, 19 de agosto de 2019

RAUL BRANDÃO - «Ria de Aveiro»







O homem nestes sítios é quase anfíbio: a água é‑lhe essencial à vida e a população filha da ria e condenada a desaparecer com ela. Se a ria adoece, a população adoece. Segundo Pinho Leal, em 1550, Aveiro tinha doze mil habitantes e armava 150 navios. A barra entulha‑se, a terra decai. Em 1575, com a barra outra vez entupida, os campos tornam‑se estéreis e a cidade despovoa‑se. A alma desta terra é na realidade a sua água. A ria, como o Nilo, é quase uma divindade. Só ela gera e produz. Todos os limos, todos os detritos vêm carreados na vazante até à planície onde repousam. Isto é água e estrume, terra vegetal que se transforma em leite e pão. Palpa‑se a camada gordurosa sobre a areia. E além de fecundar e engordar, a ria dá‑lhes a humidade durante todo o ano, e com a brisa do mar refresca durante o estio as plantas e os seres. Uma atmosfera humedecida constantemente envolve a paisagem como um hálito.

Raul Brandão, «A Ria de Aveiro», Os Pescadores [1923], edição de Vítor Viçoso e Luis Manuel Gaspar, prefácio de Vítor Viçoso, Lisboa, Relógio D'Água, Setembro de 2014.

postal ilustrado — 598.Nº 5. Centro da Cidade. Aveiro. Editor nao indicado. S/D. Circulado em 1925. Dim. 87x138 mm. Col. J. Paracana http://ww3.aeje.pt/avcultur/avcultur/Postais4/Aveipostais38.htm

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Moliceiros de Aveiro





Adicionar legendhttp://ww3.aeje.pt/avcultur/avcultur/Postais/BarcosPost01.htma


http://ww3.aeje.pt/avcultur/avcultur/Postais/BarcosPost01.htm



http://ww3.aeje.pt/avcultur/avcultur/Postais/BarcosPost01.htm



http://ww3.aeje.pt/avcultur/avcultur/Postais/BarcosPost01.htm


http://ww3.aeje.pt/avcultur/avcultur/Postais3/Aveiro/261_Aveiro.jpg


Retirados Daqui

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Portimão - Desembarque do peixe





Artur Pastor, Desembarque do peixe, Portimão, anos 60
fotografia do Arquivo Municipal de Lisboa | fotográfico




Artur Pastor, Desembarque do peixe, Portimão, anos 60
fotografia do Arquivo Municipal de Lisboa | fotográfico




Artur Pastor, Desembarque do peixe, Portimão, anos 60
fotografia do Arquivo Municipal de Lisboa | fotográfico

quarta-feira, 23 de agosto de 2017







Em notas ao vídeo:
A «Arquitectura do Rabelo» é o título de um estudo do prof. arquitecto Octávio Lixa Filgueiras, que serviu como roteiro para um filme documentário produzido em 1991 por José Monteiro e realizado por Vítor Bilhete. Este documentário correspondeu à última oportunidade de fixar imagens para o futuro, de uma tradição hoje perdida, a construção de um barco rabelo por um dos últimos mestres calafates do rio e alguns artífices que com eles trabalharam.

O processo decorreu em absoluto respeito pelo método nórdico de carpintaria naval, ou seja, a formação do casco antes da montagem das cavernas. Sem máquinas e sem moldes, as formas foram obtidas a partir de medidas básicas tradicionais, o gosto do artista e a prática de muitas gerações.

As filmagens decorreram entre Junho e Agosto de 1991, em vídeo e em película de 35mm. Infelizmente não houve capacidade financeira para a montagem da versão cinematográfica, que se mantém em negativo.

Adriano Nazareth - O Sargaceiro da Apúlia



Durante as filmagens de 'O Sargaceiro da Apúlia', de  Adriano Nazareth

Documentário 'O Sargaceiro da Apúlia' de Adriano Nazareth, 1959: AQUI




Adriano Nazareth

Biografia de Adriano Nazareth (1929-1998)

Texto de Carlos A. Henriques 

PARTE I: AQUI

PARTE II: AQUI

PARTE III: AQUI



sábado, 19 de agosto de 2017

Júlio Dantas - No mercado do peixe




Artur Pastor, Porto de Lagos, 1960-65
Fotografia do Arquivo Municipal de Lisboa | Fotográfico



O mercado de peixe é mesmo ali à beira
Das muralhas do cais: bem perto. De maneira
Que me fui até lá, à falta de melhor.
Um céu surpreendente e um sol abrasador.
Sobre as bancas de pedra, esparsos ao acaso
Na sombra colossal do velho alpendre raso,
Vejo os chocos de prata e vejo os ruivos d’ouro,
Carcanholas a abrir nos cestos esverdeados,
E o pescador, afeito ao sol, sadio e louro,
Metendo pelo peixe os braços remangados.
Um alarido enorme em volta aos peixes grossos;
E, estendendo na sombra os rústicos pescoços,
Os compradores vêm, a arregalar os olhos:
Argêntea, sobre a pedra, hirta, a sardinha, aos molhos;
Os froixos langueirões; percebes cabeludos,
Aonde o pescador volve os dedos ossudos;
Amêijoas a ranger, vindas ali do lodo,
De concha esverdeada, enchendo um cabaz todo;
Eirós a colear, vivas, enoveladas,
Metálicas, bulindo em celhas almagradas, —
Tudo isto daqui chama os estômagos lassos
Desta cidade vil de cloques e madraços.
O Damião, coçando a espádua pelo muro,
Entra-se a lastimar de que anda mal seguro
O negócio: o melhor, em coisa que mais deixe,
É a sardinha; o mais, ruim safra de peixe,
Que não no bota cá uma pessoa inteiro
Senão com muita estafa e a peso de dinheiro!
O pescador, aqui, faz-se valer; mais quer
Distribuir de graça, o diabo, que vender
Barato. E o Damião, em pragas, — diab’alma! —
Sacode o ferragoulo enorme que o enxalma.

Júlio Dantas [Lagos,1876 - Lisboa, 1962], Nada, 2.ª ed., Lisboa, Parceria António Maria Pereira, 1912


segunda-feira, 8 de maio de 2017





[Álvaro] Laborinho, 'Um dóri no mar', Nazaré, XX d.C.


«Retrata, no meio do alto mar, um dóri equipado com vários aprestos, entre eles, linhas e foquim. A meio do dóri, sentado no banco da embarcação, o pescador Armando Bizarro Valverde, com boné e roupa de oleado, segura em dois remos, na posição própria de remar, mas olhando para o observador. No verso da reprodução fotográfica, um carimbo, pouco legível, " Fotografia Laborinho/Nazaré/S. Martinho do Porto".»

O pescador representado na fotografia é Armando Bizarro Valverde, que viveu na Rua dos Pescadores, 22, na Nazaré. Ofereceu ao Museu, além desta fotografia, um par de botas para a pesca do bacalhau, que ele próprio utilizou (inv. 658 Etn.), duas pedras de amolar (inv. 662 e 663 Etn.), uma faca de escalar (inv. 659 Etn.), uma espicha (inv. 660 Etn.), uma bóia (inv. 661 Etn.), uma "Medalha comemorativa do esforço dos tripulantes dos navios mercantes durante a guerra de 1939-1945. Reconhecimento da Nação", de 1958 (inv. 35 Med.) e ainda outra fotografia (cf. recibos n.ºs 195 e 196).

DAQUI


 

terça-feira, 10 de maio de 2016

Lavadeiras




'Rol de lavadeira'
tabela de madeira recortada e entalhada, proveniente de um convento de Lisboa, século XVIII





[Coimbra, mujeres lavando ropa en el río Mondego, entre 1880 y 1890? ]

Daqui: http://bdh.bne.es/bnesearch/detalle/bdh0000063315

 







Franco de Vasconcelos - Espinho à espera da rede




sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Artur Benarus - lavadeiras, em Espinho, 191-


[Artur Berarus]
fotografia do Arquivo Municipal de Lisboa | Núcleo Fotográfico




[Artur Berarus]
fotografia do Arquivo Municipal de Lisboa | Núcleo Fotográfico



[Artur Berarus]
fotografia do Arquivo Municipal de Lisboa | Núcleo Fotográfico





quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Varinas



 Arquivo Municipal de Lisboa | Núcleo Fotográfico


 Arquivo Municipal de Lisboa | Núcleo Fotográfico


fotografia de Joshua Benoliel, [Varina lavando o peixe], 1909
Arquivo Municipal de Lisboa | Núcleo Fotográfico


 Arquivo Municipal de Lisboa | Núcleo Fotográfico

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Pescadores



fotografia de José Chaves Cruz
 Arquivo Municipal de Lisboa | Núcleo Fotográfico


fotografia de Helena Corrêa de Barros
 Arquivo Municipal de Lisboa | Núcleo Fotográfico


fotografia de Eduardo Portugal
 Arquivo Municipal de Lisboa | Núcleo Fotográfico


fotografia de Helena Corrêa de Barros
Arquivo Municipal de Lisboa | Núcleo Fotográfico